quarta-feira, 12 de março de 2014

O menino, o jovem,o adulto

                         O menino, o jovem , o adulto

                Tantos fatos que fazem parte das minhas memórias, eu conto em forma de história sobre a minha educação.    A recordação é uma coisa que guardo com muito carinho. Sou muito minucioso nas minhas observações, o que faz o meu cérebro uma biblioteca de ações guardadas, como se fossem pastas de arquivos.   Talvez a mais distante, seja em que a minha idade era 03 anos.    Lá pelos idos de 1957, brincando com um triciclo e de repente o cano entre o banco e o guidão, quebrou. Juntei as peças e tentei emenda-las, mas,  ao largar elas  caiam no chão. Até que observei que no cano cabia um cabo de vassoura, peguei-o e coloquei enfiado nos pedaços. Parece que a  madeira foi feita para usar no tamanho e espessura que precisava para consertar o triciclo.        Ainda mais, amarrei as duas partes com o cabo no lugar, firmando. Não ficou ótimo, porém me diverti bastante com o triciclo. O ano seguinte a novidade era o carrinho de lomba, e na casa dos meus pais o corredor da casa era como uma pista de corrida em reta. Ali eu, e meus irmãos passamos a infância, divertindo com os amigos, que queriam pilotar o brinquedo. Para empurrar poderia ser alguém, os pés serviam de direção. Se sozinho ajoelhava e pegava nas guias e empurrava com  um dos pés fazendo movimentar.  Inventamos um modo de empurrar com um pedaço de madeira e ficávamos sentado dirigindo com os pés.  Assim passava o tempo com este brinquedo. Até que um dia pensei em fazer um freio,  com uma madeira colocava entre o rodado e o chão, e alevantava com arrasto. Numa destas vim correndo demais porque o corredor tinha um enclinamento e tentando freiar a madeira entrou debaixo do rodado e levou minha mão de arrasto. Fiquei bastante ferido, por vários dias.  Com a ajuda de meus irmãos e de amigos o carrinho passou numa remodelação virando um carro fechado com quatro  rodas.   Neste brinquedo podíamos sair pela quadra e ter o privilégio de ser um motorista.                Chamamos de ônibus porque tinha um banco carona atrás do motorista. Por ser pesado dois amigos empurravam e um dirigia. Sempre no final da tarde depois de cumprir com a escola, e fazer temas de casa. Nossa diversão foi por muito tempo em nosso bairro com brincadeiras variadas. Fui crescendo e mantendo recordações, completei os seis anos, em 1960, e entrei no jardim de infância. Numa escola estadual. "Carlos Rodrigues da Silva". Bem atrás do campo de futebol do Zequinha, ou seja São José futebol clube, no bairro Passo D'areia. E ao lado da igreja Santa Maria Goretti. Numa das manhãs ensolaradas minha professora Leda de Freitas, me acudiu porque uma dor no lado direito da barriga quase me fez desmaiar. Ficou apavorada e mandou chamar minha mãe para levar ao médico. Fiquei dois dias em casa e sem ter uma razão para esta dor e febre. Então apareceu a explicação do médico.    Provavelmente uma cólica renal. No meio do ano uma tragédia aconteceu e que eu anunciei para a professora que havia um fogo lá fora, estávamos com as janelas fechadas porque era inicio de inverno em junho. A professora a principio não quis mostrar que ficou assustada me disse :_ Bobagem. Mas olhando de novo pediu calma e que levassem as pastas de cadernos junto. Saímos e as salas estavam sendo esvaziadas as pressas. Depois deste incêndio na igreja senti mais tarde que foi um ato de herói, em avisar a professora. Pouca coisa conseguiram salvar deste incêndio, lembro ainda que uma coisa importante, conseguiram tirar para a rua, um órgão tipo fole que está sendo usado ainda. Este fato ao longo dos anos acompanhei vendo a construção de uma paróquia monumental. Isto durante mais cinco anos. Encerrei o primário e consegui estudar em um colégio salesiano, onde a maioria dos professores eram padres. As matérias eram de currículo completo pois não houve reforma lá. Por comparação o que aprendi na vez, hoje seria no ensino médio. E ainda desmembrado em outras parte aprendendo em módulos. Em cada fim de semana tínhamos obrigação de ir na missa e depois ganhava entrada de cinema, quem participava do Oratório festivo. No caso eram futebol, brinquedos, e outras diversões. Tudo no período da manhã, no domingo. A tarde assistíamos filmes originais ,ao entrar ainda ganhávamos gibis na entrada. Mas não só de filmes podemos recordar, sim de educação nas tardes durante a semana, porque pela manhã eram as aulas. Tínhamos trabalhos de arte. ministrada pelo prof. Onorindo. Aprendíamos artes gráficas usando os tipos, para montar palavras e frase. Até formar textos, manipulando a impressora de tipos. Neste ano não consegui passar nas matérias, como se diz: rodei. Fui transferido para o colégio Dom João Becker, uma escola estadual. Onde estudei pela manhã e depois a noite. Meus estudos ficaram sem regras por que a escola não puxava muito no aprendizado. Senti diferença no modo de aprender. Mas, assim mesmo consegui encerrar o 1º grau ou seja hoje fundamental. Para o período de 1969 e 1970, fiz cursos de aperfeiçoamento técnico no SENAÍ de Porto Alegre. Consegui aprender desenho técnico, eletricidade de auto, eletricista instalador. Completei  algum curso no SESI, e entrei nas fileiras da Aeronáutica. Estive em Belo Horizonte onde vim graduado cabo com formação de bombeiro. Tive formação técnica de eletrônica no SENAÍ, eletricidade comercial e residencial. Encerrei a carreira militar em 1981. Fiz cursos de aperfeiçoamento de informática de 1985 a 1987 no SENAÍ estudei software e hardware e computação lógica com linguagem de máquinas. Tudo era novo para eu. Parei de estudar Onde a família foi a minha importância. Parei com os estudos, mas a vontade de vencer era muita e busquei aperfeiçoamentos.    Consegui obter o certificado de PNQC no SENAÍ com vaga na fabrica de automóveis GM. Terminei o curso médio através do proeja em 2004. Fiz uma cirurgia em 2008 cardiovascular, e 2009 fiz vestibular no IFFarroupilha  conseguindo uma boa colocação.  Entre 250 candidatos aproximada, fiquei com 13º lugar. Tenho orgulho em estudar ali nesta escola, porque estava presente trabalhando na obra como eletricista. Para vencer obstáculos e poder contar um pouco da minha vida, tenho de ter cara, no peito fazer frente e saber enfrentar desafios usando as lembranças de uma infância que foi de minhas memórias. A pessoa aproveita o máximo, com razão superando desafios que a vida coloca em seu caminho. Saber reconhecer as oportunidades, empreendedor de um caminho para o seu ideal.       

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